26.7.12

Nas linhas do tempo



Uma simples aura.
Aura dançante como a rosa dos ventos
Era uma cor rosada um pouco avermelhada bela.
Forte ao mesmo tempo e discreta sem ser ausente
Trazia consigo um sorriso
Um sorriso reservado e sereno 
E fazia com que os seus olhares brilhassem
Com traços tão  delineados 
Dos beijos quentes e dominados
De gestos iluminados de esperança
Amistosos surgindo sobre a clara linha
Descobrindo amorosamente os pontos mais secretos
Que a deixavam arfar de avidez
Adorando pequenos suspiros e suaves gemidos
Que provinham da luz da alma
Onde também caíra -lhe verticalmente
Uma lágrima que fazia ouvir um som lindo
Nos teus olhos sou cor 
Dentro de ti sou gesto
No amor sou vida

Anita de Castro

1 comentário:

  1. A conjugação plena do romantismo, sedução e sobremaneira, Amor.

    Quão maravilhoso é sentir que poderemos todos almejar viver a vida tátil deste belíssimo poema.

    A imagem deste verdadeiro canto "Nas linhas do tempo" é reveladora de uma preciosidade atingível pela capacidade de criar poesia pura de paixão...direi mesmo, sentir-se-á a cumplicidade do poema e da imagem como a do enorme prazer que dois seres, duas bocas e um sonho se alargam quando se celebram ao sabor nu de um "Vintage Port"...

    Parabéns pela proeza da sua criação "Nas linhas do tempo", e muito obrigado por partilhar este momento nobre!

    Continue sempre.

    pl

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