30.9.12

Ao sabor da noite


Alugaria um vestido preto.
De tom negro sedutor e de seda talvez.
Na noite de mar quente e saudade que arde no corpo.
Atrais-me no teu olhar e eu fico.
Fico presa nas mãos quentes que pedem para dançar
Encaminhando-me para trás 
De volta aos teus lábios e à palma do teu amor
Perfumas -me com a tua voz 
E tomas-me com o brilho da tua alma
Me despertas no teu corpo
Sequiosa de vida fonte da minha és tu
Profunda que jamais algum dia vira
Na renda preta da mais fina assim fosse outra 
Respiro na saudade na noite que me acolheu
Na tua pele de menino a crescer
Não vás, vem e fica.
Transforma o amor da renda negra e rosada
Numa duna eterna

                                                                                                                          Anita de Catro